Menu
Ervais bem conduzidos podem ser mais resistentes às pragas
Erva-Mate
Publicado em 10/02/2025

A ampola (Gyropsylla spegazziniana) tem maior poder de ataque em folhas jovens, exigindo monitoramento e, quando necessário, a aplicação de medidas de controle para evitar prejuízos no desenvolvimento da cultura. A broca-da-erva-mate (Hedypathes betulinus), conhecido como besouro corintiano por suas cores alvinegras, é outra praga com necessidade de observação e combate no erval.

O engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar – regional de Soledade, Vivairo Zago, cita o ataque das ampolas nesse ciclo onde a “reprodução foi mais intensa e com ataques severos desde novembro, especialmente em dezembro”. Sendo um tipo de praga com alto poder reprodutivo, seis a sete ciclos entre novembro e fevereiro, às vezes se estende até o mês de março, nos ervais.

O corintiano, também, é outra praga de grande impacto em ervais, na sua fase de larva, produto recomendado para controle. Para ele tem a recomendação do uso do Bovemax, produto biológico desenvolvido pela Embrapa Florestas e registrado no Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), para manejo e controle. Diferente da broca-da-erva-mate ainda sem recomendação existente para esse tipo de combate.

O estresse hídrico, período de poucas chuvas, preocupa algumas regiões produtoras, caso de Soledade, por potencializar os ataques em plantas novas e mais debilitadas pela falta da água em si. Enquanto a adubação nitrogenada e equilibrada ajuda nesse manejo. Já os ervais com mais desequilíbrio, adubação inadequada, falta de cobertura de solo e muita aplicação de herbicida, podem ser plantas mais susceptíveis às pragas.

A Erva-mate é uma planta perene. Logo, segundo Zago, se a terra em que está plantada tiver a capacidade de armazenar água, com certa profundidade, sendo mantida com boa cobertura de solo, o impacto do ataque é reduzido. Ou seja, nesse entendimento, o manejo adequado e adubação bem feita deixa a água armazenada, a partir da chuva. Se a água penetrar bem no solo, vai manter o erval numa condição melhor.

Ao passo que, o estresse hídrico acaba sendo mais evidente em plantios de solo rasos ou situações mais pontuais. Contudo, essa falta de chuva atual, coloca a cultura na condição de “atraso”, mas não necessariamente já com efeito sobre a produção. Se o período se prolongar e a estiagem for maior, aí sim pode trazer consequências sobre a produtividade e rendimento nos ervais gaúchos, na atual safra.

Com informações da Emater/RS-Ascar e imagem AEN/Embrapa Florestas.

Comentários
Comentário enviado com sucesso!

Chat Online