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Estudo revela os benefícios dos frutos da Erva-mate para Saúde
Por Rádio do Mate
Publicado em 14/04/2025 11:19
Erva-Mate

"A composição química do óleo extraído das sementes dos frutos foi estudada pela primeira vez", destaca a Universidade Federal da Fronteira Sul em sua publicação sobre o assunto. A pesquisa do Mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos, realizada por Yuri Eduardo Mendes Gandin, "constatou a presença de ácidos graxos: 43,11% de ácido linoleico (ômega-6), 37,68% de ácido oleico (ômega-9) e apenas 19,21% de gorduras saturadas".

 

Demonstrando, dentre outras possibilidades para uso desse 'resíduo' da Erva-mate, uma comparação com outros produtos similares e comerciais: soja ou girassol. E o óleo das sementes e frutos da planta Ilex paraguariensis St. Hil "apresenta maior teor de gordura insaturada, o que o torna uma boa opção para o uso em alimentos saudáveis, assim como em cosméticos". Revelando as potencialidades descobertas no estudo.

 

Folhas e verdes e talos finos são componentes explorados na indústria, especialmente para chimarrão e chás. Contudo, os "frutos são descartados, pois podem deixar o chimarrão amargo", observa a publicação. Mas Yuri Eduardo Mendes Gandin buscou alternativas de uso para este resíduo, na UFFS – Campus Laranjeiras do Sul, com "a ideia de estudar as propriedades dos frutos da Erva-mate", sob orientação do professor Ernesto Quast.

 

As análises demonstram o fato da planta ter diversas propriedades benéficas para a saúde e possibilidades comerciais inovadoras. O pesquisador acompanhou o amadurecimento dos frutos e as mudanças. Também fez a secagem de diferentes formas e constatou "que a secagem a 60°C, por 570 minutos (9,5h), com consumo de 54,32 kWh de energia, foi a melhor opção para a preservação de antocianinas".

 

Temperatura mais alta, 110°C, por 225 minutos (3,7h), com consumo de 39,98 kWh de energia, "é a ideal para reter saponinas. Conforme as análises realizadas, os frutos verdes secam 42% mais rápido que os maduros". Esses resultados mostram maior quantidade e concentração de saponinas "em frutos verdes e permanecem estáveis mesmo a 110°C. Demonstrando potencial para compostos e usos medicinais.

 

Tanto para o "controle do colesterol, assim como na agricultura, para a produção de pesticidas biodegradáveis". Além dos "frutos verdes também apresentaram propriedades antioxidantes elevadas, que podem ser benéficas para a prevenção de doenças relacionadas ao estresse oxidativo. Já as antocianinas, mais abundantes nos frutos maduros, são altamente sensíveis ao calor e são mais bem preservadas a 60°C" e podem virar corante nos alimentos.

 

Yuri e o orientador tiveram apoio do estudante David Fernando dos Santos, do curso de graduação em Engenharia de Alimentos da UFFS, segundo a própria universidade divulgou. "Na disciplina Fisiologia e Manejo Pós-Colheita de Alimentos, do PPGCTAL, ministrada pela professora Claudia Simone Madruga Lima, os alunos fizeram um estudo preliminar do processo de extração dos compostos", cita a instituição.

 

"Os professores Gustavo Henrique Fidelis dos Santos e as professoras Vania Zanella Pinto e Leda Battestin Quast também contribuíram no estudo, assim como os pesquisadores Itamar Luís Gonçalves e Alice Teresa Valduga (bolsista Sênior da Fundação Araucária e atua no PPGCTAL), da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões – Campus Erechim", completa apontando a amplitude da pesquisa, disponível para acesso no link.

 

Com informações da e imagem da Universidade Federal da Fronteira Sul.

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