As plantas mais jovem, menos desenvolvidas e plantadas mais recentemente, tem mais problemas. Sete a oito municípios da regional de Soledade, no acompanhamento do trabalho da Emater/RS-Ascar tem números mais expressivos em cultura de Erva-mate. O composto formado por altas temperaturas com chuvas escassas, sem reposição hídrica, tem deixado as lavouras de Erva-mate com atraso no crescimento.

“As mais jovens, menos desenvolvidas, tem mais problemas”, explica o engenheiro agrônomo da Emater regional de Soledade, Vivairo Zago. A região é composta por dois polos ervateiros. Alto Taquari, tem a maior área plantada, com Soledade, Fontura Xavier, Itapuca e São José do Erval e dos Vales com Mato Leitão, Venâncio Aires, Mato Xavier, Boqueirão do Leão, Vale do Sol e Santa Cruz, sendo os municípios com maiores áreas plantadas.

A maioria desses municípios sofre com altas temperaturas e “chuva desparelha e de baixa intensidade”, explica Zago. Nesse entendimento, a condição climática atinge as plantas replantadas mais recentemente e pode trazer consequência direta sobre a produção. O estresse hídrico e do próprio calor “dá uma segurada na brotação, nesse período”, conforme o engenheiro agrônomo.

A expectativa é de chuvas nesta quinta-feira, dia 6 fevereiro, mas ainda sem intensidade. Maiores índices pluviométricos são esperados para a próxima semana e, com isso, a retomada do desenvolvimento das plantas. Esse contexto, também, potencializa o desenvolvimento de pragas, em pleno período de reprodução, e ataques nas plantas de Erva-mate, sendo fundamental o manejo.

A realidade, até colocada num resumo no Informativo Conjuntural da Emater/RS da semana passada, é da necessidade de manejo dessas pragas, especialmente da ampola (Gyropsylla spegazziniana) “em folhas jovens, exigindo monitoramento e, quando necessário, a aplicação de medidas de controle para evitar prejuízos ao desenvolvimento da cultura” e da broca-da-erva-mate (Hedypathes betulinus).

Com informações da Emater/RS-Ascar e imagem IDR/PR/José Fernando Ogura/AEN.